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Pecuária: redução do rebanho nos EUA deve favorecer Brasil

O atual cenário pode facilitar os negócios externos do país com a entrada de novos mercados importadores

A pecuária de corte nos Estados Unidos, principal rival do Brasil quanto à produção de carne bovina, tem sofrido com a redução de seu rebanho, ao longo dos últimos anos, principalmente por causa do abate de matrizes e das fortes secas que comprometeram o setor, em território norte-americano. O atual cenário pode facilitar ainda mais os negócios externos do País com a entrada de novos mercados importadores.

“A própria abertura dos EUA, além da China e da Arábia Saudita, à nossa carne bovina in natura, favorece nossas exportações e ainda estimula nossa produtividade. Isto vai acontecer por meio de sistemas semi-intensivos e intensivos, com o uso dos grãos aqui produzidos, e em pastagens extensivas”, salienta Rafael Linhares, assessor técnico da Confederação Nacional de Agricultura (CNA).

Ele ainda destaca a boa aplicabilidade da “nutrição aliada à genética e à sanidade sob melhor gestão, graças à eficiência do pecuarista, conforme sucessivos aumentos de rebanho e da produção no Brasil”.

O próprio mercado norte-americano pode ajudar o brasileiro nesta meta de se tornar o primeiro do mundo em produção de carne bovina, já que atualmente o Brasil é o primeiro em exportação.

“As negociações para a abertura do mercado dos EUA para nossa carne bovina in natura avançaram recentemente. As negociações estão em curso há 15 anos e a participação da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, foi essencial para o avanço deste diálogo”, comenta Linhares.

Segundo ele, com a publicação da “final rule” (decisão final), no último dia 2 de julho, os EUA atestaram que a carne brasileira atende aos padrões norte-americanos de saúde animal e ainda afirmaram que “nosso País é capaz de cumprir com seus requisitos de certificação”.

“A decisão autoriza a exportação de 13 Estados, mais o Distrito Federal. São eles: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Entretanto, para que a abertura do mercado de fato ocorra, ainda ficaram pendentes as análises de saúde pública”, alerta o assessor técnico da CNA.

Ele também ressalta outro dado que envolve aquele mercado: “Os EUA foram o principal destino para a carne bovina industrializada brasileira, somando US$ 224 milhões em 2014. Este valor representa um aumento de 179% em relação ao ano 2000. Apesar do aumento em valor, o volume dos embarques deste produto brasileiro para os EUA caiu 43% em 14 anos.”

VALOR BRUTO DE PRODUÇÃO

O boletim do Valor Bruto da Produção da carne bovina de modo geral, calculado pela Confederação Nacional de Agricultura para julho, estima uma quantia em torno de R$ 89,3 bilhões. No entanto, a CNA acredita que esta possa ser superada em 13%, se quando comparada ao VBP de 2014, considerando os preços reais, deflacionados pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna).

“Este crescimento substancial se deve à expectativa de aumento nos preços da carne bovina. Por isso, a CNA projeta crescimento de 11% nos preços e de 2% na produção. Dentre os itens da pecuária, a bovina é disparada a cadeia que deve representar o maior crescimento do setor”, ressalta Linhares.

 
Fonte: Notícias Agrícolas – 20/08/2015

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