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Paraná estabelece meta para a pecuária de corte

Em 10 anos, Estado quer elevar em 10% o número de matrizes; qualidade da produção será o norte das entidades participantes

Elevar a qualidade da pecuária de corte paranaense por meio da profissionalização da atividade é um desafio assumido por diversas entidades ligadas ao setor no Estado. Denominado de projeto de modernização da pecuária de corte, o plano visa melhorar os índices zootécnicos da produção de carne bovina do Paraná por meio de uma assistência técnica mais efetiva, maior apoio na instalação de agroindústrias, incentivo à comercialização, entre outras ações. Tudo isso de olho no aumento da produtividade da pecuária.

O programa pretende levar uma assistência técnica de qualidade a todos os elos da cadeia produtiva da carne, que vai desde a escolha de materiais genéticos até a comercialização do produto. Para isso, o plano conta com a união das entidades ligadas à extensão rural, encabeçada pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep). O projeto conta com a participação da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), entre outras instituições públicas e privadas presentes no Estado, inclusive instituições financeiras responsáveis pelos financiamentos da atividade.

Uma das metas do plano é elevar em 10% o número de cabeças de matrizes do Estado, que hoje são em torno de 2,3 milhões exemplares de gado de corte e mais um milhão de cabeças de gado misto, que engloba tanto gado de carne, quanto animais de leite. Outro objetivo do projeto é reduzir a idade de abate no Paraná que é de 37 meses para 30 meses em um período de 10 anos. O plano também objetiva elevar a taxa de ocupação das pastagens do Paraná, que hoje é de 1,4 cabeças por hectare/ano, para mais de 2 unidades/ha/ano, no mesmo período.

Ao todo o Estado possui um rebanho de cerca de 9,3 milhões de cabeças. Desse total, mais de 6 milhões são voltados para corte. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), órgão pertencente à Seab, em 2014 foram produzidas no Paraná 336,97 mil toneladas de carne, contra 333,17 mil toneladas produzidas no ano anterior.

Guilherme Souza Dias, zootecnista do departamento técnico da Faep, avalia que a ação visa reunir todos os setores ligados direta e indiretamente ao setor pecuário, para melhorar a qualidade da assistência técnica no Paraná. Segundo ele, a meta é difundir as boas práticas de produção por meio de dias de campo e eventos técnicos que deverão ocorrer em períodos estratégicos. “Houve uma queda na pecuária de corte no Estado devido à expansão da agricultura”, observa. Dias salienta que o plano quer trazer de volta o destaque para pecuária paranaense.

O foco, completa ele, não é fazer com que o Paraná se torne o maior produtor de carne bovina do País, mas sim elevar a qualidade da sua produção. Dias comenta que os planos iniciais ainda estão sendo desenvolvidos e discutidos. Em agosto, deverá ocorrer o primeiro encontro das entidades para começar a traçar as primeiras estratégias.

Fonte: Folha de Londrina

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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