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Mercado doméstico foi a salvação da suinocultura

Cinco anos após a crise que atingiu a suinocultura paranaense com a suspensão das exportações de carne, devido à notícia de febre aftosa, o setor mostra sinais lentos de recuperação do mercado externo que, hoje, é menos da metade do volume de toneladas vendidas em 2005.

Para compensar as perdas de mercado, o jeito foi apostar no consumo interno e, juntamente com os suinocultores de todo o país, os paranaenses se engajaram em uma campanha que, em 2009, deu origem ao Programa Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS).

O programa visa ampliar a produção e o consumo de carne suína no país e, nesta semana, em Curitiba, será tema de diferentes palestras, reuniões e da programação científica da PorkExpo 2010 e V Fórum Internacional de Suinocultura.

A quinta edição do evento começou ontem e segue até amanhã no Estação Convention Center. A organização prevê um público de 20 mil participantes vindo de todo o país.

O PNDS estipulou uma meta de incremento no consumo de carne suína do Brasil dos atuais 13,5 kg por habitante para 15 kg por habitante até 2011. "O Paraná já consome quantidades maiores que isso, tanto que foi o mercado interno a salvação do nosso setor frente a redução das exportações", ressalta o presidente da APS, Carlos Francisco Geesdorf.

No restante do país, conforme levantamento prévio da Associação Brasileira de Criadores de Suínos, o objetivo do PNDS também deverá ser atingido bem antes do prazo.

A super elevação nos preços da carne bovina e a crescente melhoria do poder aquisitivo das classes C e D foram os fatores que mais contribuíram para a ampliação das vendas internas.

Soma-se a isso todo o trabalho de conscientização dos consumidores sobre os benefícios da carne suína e a quebra de velhos paradigmas sobre doenças atribuídas erroneamente ao porco.

"Nos últimos 40 anos, a evolução da suinocultura brasileira foi gigantesca. Investimos pesado na melhoria genética, na tecnificação das instalações e na alimentação com ração balanceada e adaptada as diferentes fases de vida do animal. Também adequamos os tipos de corte e os produtos pré-cozidos ao tamanho das famílias de hoje, que são bem menores e, agora, podem consumir carne suína no dia dia. Tudo isso tem refletido no consumo", pontua o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, Losivanio Luiz de Lorenzi.

Santa Catarina é o maior produtor de suínos do país (com 6 milhões de cabeças), seguido pelo Rio Grande do Sul e o Paraná que variam de posições constantemente, cada estado apresenta um rebanho entre 4 e 5 milhões de cabeças. A região Sul responde por 65% da produção do país.

Fonte: Paraná Online

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