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Importação de trigo sobe 24% em plena safra

O dólar favorável à importação estimulou a entrada no país de um volume crescente de trigo do exterior, sobretudo do Paraguai e do Uruguai. Desde setembro, pico da safra no Brasil, foram importadas 1,351 milhão de toneladas do cereal, 24% mais do que em igual intervalo de 2009. Diante disso, produtores brasileiros pediram que o governo crie restrições à importação do cereal durante a safra no Brasil.

O trigo brasileiro, já 100% colhido, está sendo preterido mesmo com preços menores. O que ocorre, segundo Élcio Bento, analista da Safras & Mercado, é que a diferença no valor não consegue compensar algumas vantagens do trigo importado dos vizinhos do Mercosul, como homogeneidade – no Brasil há mistura de trigo em armazéns.

O trigo do Paraguai chega a São Paulo valendo US$ 330 por tonelada – o produto paranaense está em US$ 320. Já o produto argentino, cuja colheita tem pico este mês, chega a São Paulo por entre US$ 340 e US$ 350 a tonelada.

Em setembro, quando o produto importado começou a entrar no país, a colheita do trigo paranaense já estava em seu pico. No entanto, desde então, pouco vem sendo comercializado de cereal nacional, afirma Flávio Turra, gerente técnico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).

A produção brasileira está estimada em 6,5 milhões de toneladas. A venda, no entanto, atinge 35% desse total, quando, deveria estar entre 40% e 45%, diz Turra. "Ainda assim, do total de 2 milhões de toneladas vendidas até agora, 1,5 milhão foram via leilões do governo, incluindo as 442 mil toneladas vendidas no leilão de ontem".

Por isso, na quarta-feira o setor triticultor fez uma série de pedidos ao governo para a safra 2011 de trigo. Uma das reivindicações é a restrição à importação do cereal durante a safra no Brasil, que vai de 1 de setembro e 31 de janeiro, afirmou Turra.

Ontem, o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), o embaixador Sérgio Amaral, considerou a restrição prematura. "Neste momento, o trigo tem perspectiva altista", diz Amaral.

Fonte Valor Econômico
Por Fabiana Batista

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