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Equipe de Richa promete selar paz com o agronegócio

A agropecuária do Paraná deve encerrar, na gestão de Beto Richa (PSDB), um ciclo de relações turbulentas com o governo do estado. Os executivos escolhidos para comandar três secretarias esta­­duais diretamente ligadas ao setor – Agricultura, Meio Am­­biente e Indústria e Comércio – declaram amplo apoio à produção, à industrialização e aos investimentos em infraestrutura. Além disso, garantem que não vão impor barreiras políticas à produção de grãos transgênicos – que representam mais da metade das lavouras de soja e milho do estado – e que haverá mais flexibilidade em questões ambientais.

Depois da nomeação de Norberto Ortigara para a Se­­cretaria da Agricultura e do Abastecimento – com amplo apoio de técnicos e agropecuaristas -, a principal preocupação dos produtores rurais era a Secretaria do Meio Ambiente. Na última semana, Richa anunciou que a pasta será administrada por Jonel Nazareno Iurk, ex-superintendente do Ibama (1995-1999) com experiência em desenvolvimento sustentado.

As sombras de preocupação foram afastadas após uma visita de Iurk à Organização das Coo­­pe­­rativas do Paraná (Ocepar). Diante dos diretores da Ocepar, ele defendeu a reconstrução da imagem do estado em relação ao setor produtivo e disse que pretende trabalhar em parceria com os especialistas em meio ambiente que atuam dentro das cooperativas. Afirmou que a intenção da visita era mostrar que o governo, incluindo a área ambiental, vai “caminhar junto” com o setor produtivo.

Ao lado de Iurk, estava Ricardo Barros, que vai assumir a pasta de Indústria e Comércio e prometeu trabalhar pela agroindustrialização, principal projeto das cooperativas rumo ao faturamento anual de R$ 30 bilhões. Neste ano, elas devem atingir R$ 28 bilhões, prevê a Ocepar. Barros disse considerar a agregação de valor aos produtos agrícolas “fundamental” para o desenvolvimento do Paraná e que o estado vai estimular investimentos em novas indústrias.

Apesar de não ter declarado apoio a Beto Richa na campanha eleitoral, os representantes dos produtores afirmam que, se houver problemas nas áreas estratégicas, farão cobranças diretas ao governador eleito. O setor pro­­moveu reuniões de produtores para ouvir propostas de Beto e de seu principal adversário, Osmar Dias (PDT). Nessas reuniões, ambos se mostraram favoráveis às principais reivindicações da agropecuária, afirma o presidente da Federação da Agri­­cultura do Paraná (FAEP), que re­­­presenta os sindicatos rurais, Ágide Meneguette.

Além do apoio das três secretarias – Agricultura, Meio Ambiente e Indústria e Co­­mércio -, o setor agropecuário busca selar compromisso com a Secretaria de In­­fraestrutura e Logística, que será ocupada por Pepe Richa, irmão do governador eleito. Os investimentos em estradas e no Porto de Pa­­ranaguá são considerados decisivos para garantir rentabilidade à produção rural.

Durante as duas gestões de Roberto Requião (PMDB), o setor agropecuário criticou fortemente a política de restrição à produção de transgênicos, as operações fiscais em defesa do ambiente com prisões de produtores e as limitações do Porto de Paranaguá. Além de tentar impedir o embarque de transgênicos, inibindo a produção, o Paraná barrou temporariamente o uso de agrotóxicos necessários à adoção dessa tecnologia. Na área ambiental, os produtores vem sendo pressionados, por exemplo, a reflorestar 20% de suas áreas sem descontar a mata próxima às margens dos rios, critério em revisão no governo federal, com definição prevista para 2011.

Fonte: Gazeta do Povo

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