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Cadê os recursos para a agricultura do Paraná?

Mesmo o Paraná sendo o 2° produtor de grãos do país e fundamental para o abastecimento de alimentos, as autoridades de Brasília têm feito ouvidos moucos às solicitações resultando em dificuldades na condução e execução dessas políticas

Sistematicamente a FAEP tem alertado o governo federal para a liberação  de recursos anunciados de R$ 5,6 bilhões na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) e R$ 700 milhões no Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR).

Estranhamente, mesmo o Paraná sendo o 2° produtor de grãos do país e fundamental para o abastecimento de alimentos, as autoridades de Brasília têm feito ouvidos moucos às solicitações resultando em dificuldades na condução e execução dessas políticas.

Exemplo clássico desse comportamento ocorre com o feijão de cores, onde  os preços praticados no Paraná vem sendo praticados, em média, no mercado, a R$ 49,15 em média pela saca de 60 kg. Isso significa 48% abaixo do preço mínimo e do custo de produção de R$ 95,00.

Consequência disso pode ser exemplificada na desesperança e até desespero de produtores de Três Barras do Paraná, no Oeste paranaense.  Um grupo de 200 agricultores distribuiu 19 toneladas de feijão à população em protesto contra a falta de atuação do governo federal e dos preços baixos, que em algumas regiões chegou a R$ 30,00/sc.

O Paraná tem ainda 150 mil toneladas de feijão por comercializar e precisa de mais R$ 70 milhões em Aquisições do Governo Federal (AGF). Ocorre que entre maio e agosto o governo liberou apenas R$ 22 milhões, valor insuficiente que auxiliou a compra de apenas 3% da produção.

Trigo/Milho/Seguro

O cenário de descompromisso com o produtor se repete com o trigo. Há a necessidade de apoio para a comercialização de 3,1 milhão de toneladas do trigo nacional com o Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) e AGF. Pelo menos 1,5 milhão a 2 milhões de toneladas estão no Paraná, onde se concentra  52% da produção do país. Os preços médios de R$ 32,89/sc 60 kg não cobrem o preço mínimo de R$ 33,45/sc.

O anúncio de medidas precisa ocorrer ainda no começo de setembro, quando os produtores começam a pagar os compromissos financeiros com fornecedores e a colheita e a comercialização se intensificam.

O milho também já apresenta preços depreciados com a maior oferta do produto no mercado internacional e interno. Para o Paraná, estima-se a necessidade de apoiar a comercialização de 2 milhões de toneladas via PGPM. O estado possui em torno de 10 milhões de toneladas de milho a serem comercializados no segundo semestre.

Dos R$ 700 milhões no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), apenas R$ 400 milhões foram liberados e já estão esgotados. Falta assinatura de decreto presidencial com crédito suplementar dos R$ 300 milhões restantes, liberando-os com urgência em setembro para garantir a contratação de seguro de soja, milho e frutas. No momento, a maioria das seguradoras não tem mais ofertado seguro por falta desse recurso.

Diante desse quadro extremamente delicado para os produtores rurais, o presidente da FAEP, Ágide Meneguette, tem insistido junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e outras autoridades do executivo federal para soluções urgentes. “Não são apenas os produtores que perdem pela ausência de medidas para a comercialização, é a própria economia do país”, diz ele.

Clique no link abaixo e confira a nota técnica da FAEP

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